O que é?
A epicondilite lateral é uma condição que afeta o cotovelo, especificamente a região do epicôndilo lateral (parte externa do cotovelo). Popularmente conhecida como “cotovelo de tenista”, essa condição também é comum em praticantes de beach tennis.
Causas:
A epicondilite lateral é geralmente causada por movimentos repetitivos de supinação do antebraço (como torcer chave de fenda, alicate ou panos) e de extensão do punho e dos dedos (comum em quem usa muito mouse ou digita por longos períodos). Esses movimentos podem gerar microlesões no tendão extensor radial curto do carpo, iniciando um processo inflamatório local. Se não tratadas adequadamente, essas lesões podem evoluir para degeneração, ruptura do tendão, fibrose e calcificação.
Quem sofre mais?
Apesar do nome “cotovelo de tenista”, a epicondilite lateral afeta de 1 a 3% da população adulta em geral, e apenas 5 a 10% dos pacientes são praticantes de tênis. A condição acomete homens e mulheres, principalmente entre 40 e 50 anos, sendo mais frequente no braço dominante.
Sintomas:
O principal sintoma é a dor na parte externa do cotovelo, que pode se estender pelo antebraço, dificultando atividades diárias, esportivas e laborais. A dor geralmente piora com movimentos de extensão do punho (como pegar um copo ou girar uma chave de fenda) e pode estar associada à perda de força.
Diagnóstico:
O diagnóstico é feito principalmente pela história clínica e exame físico, com testes específicos para epicondilite. Exames de imagem podem complementar a avaliação, auxiliando na análise do tendão e descartando outras condições.
Tratamento:
O tratamento inicial geralmente é conservador, com repouso relativo, modificação de hábitos e atividades que agravam a dor. Medidas como fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios, compressas de gelo e órteses podem ser utilizadas. Em casos refratários ao tratamento conservador, a cirurgia pode ser considerada.
Como evitar:
Aquecimento, alongamento e fortalecimento dos músculos do punho e cotovelo são importantes para a prevenção. A postura adequada durante atividades diárias e esportivas também ajuda a evitar a sobrecarga nos tendões. Para atletas de esportes de raquete, a técnica correta, o uso de equipamentos adequados e a adaptação da raquete (tamanho, peso, pressão do encordoamento) são essenciais.
Dr. Gustavo Barboza
Ortopedista Cirurgião de Ombro e Cotovelo do Hospital Albert Einstein Goiânia
Membro da Comissão Institucional da SBCOC
@DoutorOmbro